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segunda-feira, 15 de março de 2010

DONO DO TEMPO


"Não conheço maior paradoxo que este: abdicarmos da vida para ganharmos a vida."

Aprendi recentemente com um dos meus professores que o dinheiro vem até nós debaixo de variadas formas: Residuais, Lucro e Salário.

Não quero falar aqui, por enquanto, das duas primeiras, até porque as pessoas que obtêm rendimentos assim quase se contam pelos dedos. Vou falar somente do Salário, a única fonte de rendimento de mais de 80% das pessoas produtivas e, provavelmente, a tua também.

- Salário: o rendimento que obtemos em troca do nosso tempo executando tarefas.

Não posso falar mal desta forma de remuneração, até porque ela é responsável pela sobrevivência da maior parte das pessoas. Mas tenho de pensar um pouco sobre o assunto.

Existem alguns bem preciosos que nós, enquanto humanos, possuímos. Se pensares um pouco, consegues identificar esses bens, os mais preciosos de todos. Provavelmente começas pela Saúde, depois Família e/ou Amigos, depois os Bens Materiais, incluindo o Dinheiro. Contudo, talvez te estejas a esquecer do teu bem mais precioso de todos, sem o qual nenhum dos outros faz o menor sentido: o Tempo.

O tempo é absolutamente limitado. O que tu fazes com o teu tempo estabelece o tamanho real da tua vida. Se fosses acusado e condenado de um crime qualquer e passasses 4 anos da tua vida na prisão, não dirias que te roubaram 4 anos da tua vida?

Quando havia escravatura, essa prática odiosa, os escravos eram mantidos a trabalhar, sem salário, em troca de comida e condições mínimas de sobrevivência, incluindo um local para dormir, condições mínimas de higiene e cuidados médicos básicos que garantissem um mínimo de saúde para que o escravo continuasse a trabalhar. Os filhos eram bem-vindos porque representavam mais mão-de-obra para o senhor.

Pensa um pouco. Se tens um emprego, e recebes um salário que te permite pôr comida na mesa, pagar as contas da electricidade, gás, telefone, renda de casa ou empréstimo bancário, carro, gasolina, saúde básica para a tua família e, chegando ao final do mês, todo o dinheiro se foi, não tens mais liberdade que um escravo do século dezoito. Há uma pequena diferença: ele sabia que era escravo e tu pensas que és livre.

Agora imagina que passas 45 anos a trabalhar para um patrão (ou vários) e te dás por muito satisfeito porque conseguiste criar os filhos e sustentar a família. Tens doenças que nunca mais acabam, adquiridas por décadas de abnegação e dedicação. Finalmente és senhor do teu tempo, mas não és senhor nem da tua saúde, nem da tua família, forçada agora a ser escravizada em teu lugar, nem do teu dinheiro, porque desde que deixaste de vender o teu tempo deixaste de receber o teu salário.

Não é muito animador por não? Vendeste a tua vida toda, o teu tempo, a tua saúde e família em troca de coisas básicas como comida e condições mínimas de vida. Fica sabendo que mais de 80% de nós, humanos, suficientemente felizes por terem um emprego e um salário, correm numa roda de ratos, desenhada para não os deixar ser livres.

Ser livre, antes de mais nada, é seres dono do teu próprio tempo que é o teu bem mais precioso. Depois poderás conquistar os teus outros tesouros: a saúde, a qualidade de vida com a família e amigos, e os bens materiais de que necessitas e mereces. Mas o mais importante, e primeiro, é o tempo.

domingo, 7 de março de 2010

Do velho sábio:


A fogueira

O mestre encontrou-se com os discípulos certa noite e pediu para que acendessem uma fogueira, para que pudessem conversar.

-"O caminho espiritual é como o fogo que arde adiante de nós." - disse ele. -"Um homem que deseja acendê-lo, tem que se conformar com a fumaça desagradável que torna a respiração difícil e arrancar lágrimas do rosto. Assim é a reconquista da fé. Entretanto, uma vez o fogo aceso a fumaça desaparece e as chamas iluminam tudo ao redor nos dando calor e calma."

-"E se alguém acendê-la para nós?" - perguntou um dos discípulos. -"E se alguém nos ajudar a evitar a fumaça?"

-"Se alguém fizer isto, é um falso mestre. Que pode levar o fogo para onde tiver vontade ou apagá-lo na hora que quiser. E como não ensinou a acendê-lo, é capaz de deixar todo mundo na escuridão..."

( isto foi o que a minha sogra fez e o meu marido também, porque consentiu...)

sábado, 6 de março de 2010


exercitando o bom julgamento
O Rei de Espadas emerge do Tarot neste momento como arcano conselheiro em sua vida, manuela. Segundo nos informa este arcano, você precisará exercer uma boa capacidade de julgamento nesta etapa de sua vida. Circunstâncias difíceis e dilemas exigirão que você mantenha um distanciamento frio das questões, a fim de encontrar soluções pautadas no plano racional. Cabe, neste momento, procurar ouvir homens mais velhos que lhe trarão uma perspectiva que talvez você ainda não tenha desenvolvido sobre seus problemas e coisas que lhe incomodam. Abrir-se humildemente à sabedoria dos mais velhos termina permitindo que você solucione (ou pelo menos entenda melhor) um sério problema.

Conselho: É preciso ser razoável para entender melhor os dilemas que surgem. Quando não se consegue a resposta almejada, é importante buscar a sabedoria de alguém mais experiente.