Pesquisar este blog

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Começando onde devia ter começado


Conta um leitor que as palavras a seguir estão escritas no túmulo de um bispo anglicano, em uma catedral na Inglaterra:


“Quando eu era jovem, e minha imaginação não tinha limites, sonhava mudar o mundo. Quando fiquei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não mudaria: então restringi um pouco minhas ambições, e resolvi mudar apenas meu país. Mas o país também me parecia imutável. No ocaso da vida, em uma última e desesperada tentativa, quis mudar minha família, mas eles também não se interessavam nem um pouco. Em meu leito de morte, enfim descobri: se eu tivesse começado por corrigir meus erros e mudar a mim mesmo, meu exemplo poderia transformar minha familia. O exemplo de minha família talvez contagiasse a vizinhança e, assim, eu teria sido capaz de melhorar meu bairro, minha cidade, o país, e - quem sabe? - mudar o mundo”.

Bom fim de semana.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Mensagem de Fim de Curso para a minha FILHA

Faltam-me expressões suficientemente adequadas para falar/te da grande alegria que me invade a alma neste momento. Não contive a emoção e, embora tu nåo tivesses percebido até chorei de tanta alegria.Porque acompanhei e senti o teu grande esforço nesta enorme conquista, testemunhei a tua dedicação a este ideal de maneira categórica, vi que ano após ano te empenhavas mais e mais em alcançar os teus fins. Considero também um pouco minha a tua vitória e até chego a ficar orgulhosa demais, como se fosse eu a receber também tal diploma!..Deixo aqui o meu abraço comovido, extensivo a todos os que te amamos cuja felicidade também deve ser imensa, e rogo a Deus, que te concedeu esta magnífica ascensão aos primeiros degraus da tua carreira, que te presenteie de sucessivas vitórias, de que és merecedora pelo teu talento, predicados e atributos morais muito caros e raros nos tempos que correm, dos quais me orgulho nos orgulharemos sempre muito muito.
DEUS ABENÇOA A NOSSA FAMILIA FILHA

Quando não perdemos o foco dos nossos sonhos, vivemos de maneira mais intensa, pois sabemos o que queremos e para onde vamos. O sucesso igual a realidade e a vida igual a felicidade.

PARABENS ! BEIJO GRANDE MINHA QUERIDA Filha !
Que a Vida Te Sorria sempre para poderes apoiar os manos e eles a ti. Que estejam sempre juntos para o bem e para o mal, mas que o bem perdure e vença no caminho da paz e do amor. Felicidades Mil Filipa.

Afectuosamente MÅE

domingo, 7 de setembro de 2008

Sobre a Morte

Morte ...

Possuis apenas aquilo que não perderás com a morte; tudo o mais é ilusão.
(Autor desconhecido)

A vida revela-se ao mundo como uma alegria. Há alegria no jogo eternamente variado dos seus matizes, na música das suas vozes, na dança dos seus movimentos. A morte não pode ser verdade enquanto não desaparecer a alegria do coração do ser humano.
(Tagore, escritor indiano)

O homem que envelhece vai tomando gradativamente consciência de que não é eterno. Agita-se menos e, assim, os sons das vozes que vêm do além se fazem ouvir.
(Romano Guardini)

Aconteceu-nos uma coisa realmente curiosa: tínhamo-nos esquecido de que temos de morrer. É esta a conclusão a que chegaram os historiadores depois de terem examinado todas as fontes escritas da nossa época. Uma investigação realizada nos cerca de cem mil livros de ensaio publicados nos últimos vinte anos mostraria que apenas duzentos deles (0,2%, portanto) tocavam o problema da morte. Livros de medicina incluídos.
(Pierre Chaunu)

A morte é a coisa mais segura e firme que a vida inventou até agora.
(Emil Cioran)

A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos.
(Salmo 90, Bíblia)

Aquilo que verdadeiramente é mórbido não é falar da morte, mas nada dizer acerca dela, como hoje sucede. Ninguém está tão neurótico como aquele que considera ser neurótico decidir-se a pensar sobre o seu próprio fim.
(Philippe Ariès)

Entre a sociedade de hoje e os intelectuais medeia um entendimento tácito. «Conto contigo - dizem os leitores - para que me forneças os meios para esquecer, disfarçar, negar, em suma, a morte. Se não cumprires este encargo, expulso-te, ou seja, não te lerei».
(Louis Vincent Thomas, antropólogo francês)

Esquecer-se da morte e dos mortos é prestar um péssimo serviço à vida e aos vivos.
(Philippe Ariès)

Um túmulo basta agora àquele para quem não bastava o mundo inteiro.
(epitáfio de Alexandre Magno)

Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada.
(Fernando Pessoa)

O homem fraco teme a morte, o desgraçado chama-a; o valente procura-a. Só o sensato a espera.
(Benjamin Franklin)

Como um mar, ao redor da soleada ilha da vida, a morte canta noite e dia a sua canção sem fim.
(Tagore)

Não é de morrer que tenho medo. É de não vencer.
(Jacqueline Auriel)

O coração humano recusa-se a acreditar num universo sem uma finalidade.
(Kant)

Começamos a morrer no momento em que nascemos, e o fim é o desfecho do início.

(Marcus Manilius)

Para avaliar a importância real de uma pessoa, devemos pensar nos efeitos que sua morte produziria.
(François Gaston de Levis)

Os esqueletos dos reis são apenas esqueletos.
(Mikhail Naimy)

Tentemos viver de tal modo que, quando morrermos, até o homem da agência funerária lamente a nossa morte.
(Mark Twain)

Quando morremos, deixamos atrás de nós tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.
(Autor desconhecido)

Congratulamo-nos, às vezes, no momento em que despertamos de um sonho lúgubre. Poderia ser assim no momento que se segue à morte.
(Nathanael Hawthorne)

Morremos um pouco cada vez que perdemos um ente querido.
(Publilius Syrius)

A certeza da morte tem menos influência sobre a conduta do homem do que seria de esperar.
(A L. Gordon)

Oito dias com febre! Poderia ter escrito mais um livro...
(Honoré de Balzac, antes de entrar em coma)

Nada de monumento coberto de elogios. O meu epitáfio será o meu nome, nada mais.

(Byron)

O que é belo não morre: transforma-se em outra beleza.
(Balley Ardrich)

Not dead, but gone before - Não morreram, partiram primeiro.

(Ditado inglês)

Acredite, o mundo anda mais feliz!


Pois é, apesar do salário baixo, da corrupção dos políticos, dos desmandos na economia, apesar das guerras, dos relatos de crianças que são maltratadas, apesar até das manchetes dos jornais e das imagens aterrorizantes da TV, as pessoas no planeta estão encontrando boas razões para afirmar: sim, eu sou feliz!

A conclusão é de uma pesquisa realizada pela World Value Survey Organization, uma Ong dedicada ao estudo das mudanças sócio-culturais e políticas do mundo.

De tempos em tempos essa organização promove estudos sobre o comportamento das criaturas do planeta. No estudo divulgado este ano, foram questionadas 1400 pessoas em 52 países. A compilação de resultados dos últimos 25 anos, publicada na revista New Scientist e reproduzida nos principais jornais revela: os índices de felicidade aumentaram em nada menos do que 45 países!

A análise dos resultados revela que o crescimento econômico aumenta os níveis de felicidade, sim. Mas antes que você saia por aí dizendo que o dinheiro compra a felicidade, os pesquisadores do WVS alertam: “o desempenho econômico afeta a felicidade apenas (APENAS, vejam bem!) nos países nos quais a renda per capita anual não ultrapassa os $12 mil dólares.

Explicando, uma vez que você tenha atingido níveis considerados mínimos de sobrevivência, o dinheiro deixa de ser um fator de felicidade. Ou seja, nos países ricos, as pessoas não se sentem mais felizes, nem mesmo com a conta bancária recheada, nem mesmo pilotando um iate, nem mesmo enchendo prateleiras e prateleiras do armário com sapatos de Manolo Blahnik!

A equação da felicidade é bem complicada, avaliam os cientistas envolvidos na pesquisa. “O que o progresso democrático e os melhores desempenhos econômicos têm em comum é a sensação de liberdade pessoal que eles garantem”, afirma Robert Foa, da Harvard University, co-autor do estudo. Assim, as pessoas da Europa Oriental se sentem muito mais felizes hoje do que há 25 anos atrás, apesar da situação econômica dos países onde vivem ter até piorado desde a transição do comunismo para o capitalismo.

Existem as exceções, evidente, o povo de Belarus, apesar da falta de abertura política se considera feliz e os chineses, apesar do crescimento econômico, andam mais tristes. A Índia também vai assim, assim, em matéria de felicidade… os pesquisadores falam até de uma espécie de “epidemia” de tédio que ameaçaria os paises assim que eles alcançarem níveis exagerados de consumo!

Na onda da felicidade, uma surpresa: os paises latino-americanos sempre se saem bem nas pesquisas. Não somos os mais ricos, mas o México, por exemplo, é um campeão de felicidade! A razão? A valorização dos laços familiares e o orgulho que têm do seu país. Essa felicidade só aumentou nos últimos anos com maiores oportunidades de trabalho e de expressão, proteção aos direitos das mulheres e das crianças, mais tempo para o lazer…

E a última boa noticia sobre a felicidade planetária: as pesquisas comprovam que um gatilho importante das emoções negativas é o individualismo. O que ajuda a explicar por que alguns países ocidentais têm níveis tão baixos de felicidade. Nações da Ásia e da América Latina seriam menos suscetíveis aos sentimentos negativos porque, em geral, as pessoas consideram que as necessidades coletivas são mais importantes do que as razões individuais.

Você pode navegar e conferir os dados da pesquisa da World Value Survey Organization no site.

Agora, cá para nós, se você fosse um dos entrevistados da pesquisa o que responderia? Você é feliz? Vale a pena tentar responder, porque talvez nenhuma outra pergunta seja tão importante!

Adília Belotti é jornalista e mãe de quatro filhos. É editora responsável pelo Delas, o site feminino do portal IG, onde tem uma coluna chamada Toques de alma. Além disso, cuida do IgEducação e de um site de cultura multimídia, o Arte Digital. Agora também é colunista do Somos Todos UM.
Em 2006 lançou seu primeiro livro: Toques da Alma, clique e confira.

Brincadeira


:: Elisabeth Cavalcante ::


Um dos maiores segredos da vida é encará-la como uma brincadeira. Para os indivíduos excessivamente sérios, sisudos, aos quais foi ensinado que brincar é coisa de gente maluca, na qual não se pode confiar, esta afirmação pode parecer absurda.

Não levar a vida a sério é um ótimo exercício para se abandonar de vez a pretensão de querer ser perfeito, superior. Quando relaxamos em nosso próprio coração e nos entregamos à simplicidade do ato de existir, a pressão exercida sobre nós pelo restante do mundo, automaticamente desaparece.

Nosso coração pode, então, bater tranqüilo, alegre e sereno, pois deixamos de ser nossos próprios juízes e capatazes e, de quebra, paramos de nos importar com o julgamento alheio.

Os grandes mestres Zen se comportam como perfeitas crianças, são engraçados, inocentes e brincalhões. Vivem a vida como uma eterna brincadeira, na qual aprender se torna algo prazeroso e descontraído.

É claro que existem situações em que a seriedade precisa estar presente, mas somente em alguns momentos críticos é que nosso eu sério deve entrar em acção. Quando mais livremente expressarmos nossa tristeza, reconhecendo-a como legítima em algumas circunstâncias, mais facilmente conseguiremos libertar/nos dessa energia, ao invés de permanecer para sempre sintonizados com ela.

O seu pólo oposto, a alegria, surgirá naturalmente, sem que precisemos fazer qualquer esforço nesse sentido. O importante é que não nos deixemos apegar demais à postura de vitimas do destino, nem aceitemos passivamente a miséria interior como uma condição natural.

No livro “O segredo”, um dos mestres relata uma experiência realizada com doentes, para os quais foi recomendado que assistissem, diariamente, programas de comédia. O resultado é que eles se recuperaram muito mais facilmente de suas patologias. O que vem provar a eficácia do riso e da alegria para o reencontro do equilíbrio no ser humano.

Permitir-se voltar espiritualmente à infância, é uma das terapias mais eficazes que uma pessoa pode oferecer a si mesma, quando perceber que está enxergando a realidade de modo excessivamente sério.

“A dança e o riso
A dança e o riso são as melhores portas, as mais naturais, as mais facilmente acessíveis para entrarmos na não-mente. Se você realmente dançar, o pensamento pára. Você dançar sem parar, girando, girando e se tornar um redemoinho - todas as fronteiras, todas as divisões desaparecem. Você nem mesmo sabe onde seu corpo termina e onde a existência começa. Você se dissolve na existência e a existência se dissolve em você.
E se você estiver realmente dançando - não controlando a dança, mas deixando que ela o conduza - se você estiver possuído pela dança, o pensamento pára.
O mesmo acontece com o riso. Se você for possuído pelo riso, o pensamento pára. E se você conhecer alguns momentos de não-mente, esses vislumbres lhe assegurarão muito mais recompensas que irão surgir.
O riso pode ser uma bela introdução a um estado de não-pensamento.
No dia em que o homem se esquecer de rir, no dia em que o homem se esquecer de brincar, no dia em que o homem se esquecer de dançar, ele não será mais um homem; ele terá caído para uma espécie sub-humana. A brincadeira o deixa leve, o amor o deixa leve, o riso lhe dá asas.
Dançando com alegria ele pode tocar as estrelas mais longínquas, pode conhecer o próprio segredo da vida”

Osho, A Sudden Clash of Thunder/e Zatathustra, The Laughing Prophet.