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terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Futuro de Portugal - Um Olhar sobre o futuro...

Depois de quase um século de crescimento económico sem precedentes, a sociedade moderna nada mais espera senão mais e maior crescimento…..Como poderá este crescimento continuar se vivemos num planeta cujos recursos naturais estão nas lonas ou quase a esgotar-se? Sabe-se que o motor deste crescimento foi, e continua a ser, o petróleo, principal fonte de energia, tendo sido, por si só, responsável por mais de metade do crescimento económico durante o século XX. possibilitando o usufruto de um sistema de transportes sem precedente na história, e,por consequência o avanço tecnológico existente no mundo de hoje.
Actualmente, o mundo consome quase 1000 barris de petróleo por segundo,como seja cerca de 1.5 quilómetros cúbicos anuais a sociedade moderna alimenta-se desse ouro negro. Ns últimos anos, a preocupação com as alterações climáticas e a necessidade de reduzir a dependência desta fonte de energia tem-se vindo a acentuar, e, presentemente, perante a actual conjuntura económica, a cooperação e a aposta na sustentabilidade, sobretudo nas energias renováveis, são o futuro, em particular da Europa. A crise mais séria é a do ambiente e nenhum argumento é suficiente para justificar este excessivo consumo dos recursos limitados do nosso planeta.
São alturas de crise, como a de hoje em dia, que potenciam a mudança, o olhar para os sinais e para o futuro de uma política sustentável e a aposta no desenvolvimento das novas energias, que promovam a sustentabilidade económica dos países e do mundo. A globalização é, hoje, uma crescente conexão de aspirações dos muitos países e dos impactos ambientais que desse conjunto poderão resultar. Por isso, o mais importante será agir em união, ter coragem e fomentar as iniciativas necessárias para que as grandes potencialidades da energia renovável sejam visíveis. Alguns defendem a continuidade do consumo do petróleo e o desenvolvimento da energia nuclear mas, o que é facto é que ambas são demasiado arriscadas e insustentáveis a longo prazo.
A actual situação financeira uma ferida na economia global, sendo preciso liderança política que ponha fim à percepção errada, que se deve investir em produtos do passado ou mesmo de ontem sem ver as potencialidades dos produtos de hoje que podem melhorar o futuro. É como tudo na vida. E a citação que diz: “A velhice, essa época em que se julga a vida e em que os prazeres do orgulho se revelam em toda a sua miséria” (...) e mais ainda… “Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso” (…)
Devemos urgentemente equilibrar o sistema pelo renovável, ou seja pelo novo e pelo aproveitável, porque toda a natureza se renova, para que a vida de qualquer um de nós deixe de ser um peso para os jovens mas ao invés uma ajuda confiável e valiosa. Os antigos praticaram tantas e tão poucas más acções, que deixaram aos adultos de hoje grandes dificuldades por consequência. Quase obrigaram ou levaram os nossos jovens a desacreditar grandemente nos mais velhos e a afastarem-se deles, porque a vida e as circunstancias causais, assim o exigiram pelas dificuldades existentes em cada quotidiano por si só, ou seja no dia a dia da maioria das familias as dificuldades e as adversidades foram-se superando de esta ou daquela forma com maior ou menor preocupação pela conservação dos valores e das necessidades em causa.
No que diz respeito a Portugal, o país tem um enorme potencial que pode e deve ser explorado, para reduzir a dependência energética externa e que custa muito dinheiro dariamente ao País, mas também para proteger e consevar o ambiente aproveitando as alterações climatéricas para fazer novas culturas e novas apostas.
Sendo assim, Portugal estará numa posição privilegiada para compensar o défice natural das fontes de energia não renováveis, tornando-se pioneiro na diminuição da dependência energética e colocando-se na vanguarda de um desenvolvimento sustentável. Consciente disso, o país assumiu um compromisso para 2010, como seja, dispor de 45% da energia eléctrica gerada a partir de fontes renováveis. Portugal, com 30.1%, ocupa a quarta posição na tabela dos países europeus com maior consumo de electricidade gerada a partir de fontes renováveis, consequência da preocupação ambiental portuguesa que corresponde ao dobro da média apurada na União Europeia , com apenas 15,6%.
Portugal tem um projecto para a construção de cinco novas barragens no Alto Tâmega, um dos projectos hídricos mais ambiciosos dos últimos 25 anos na Europa. Muitos criticam este plano dizendo que apenas vem dar sentido às velhas aspirações de crescimento empresarial dos produtores e transportadores de electricidade, para além do desrespeito pelos valores da paisagem e dos ecossistemas ribeirinhos, de menosprezar o valor multidimensional do recurso da água, já para não falar nas perdas ambientais para as populações daquelas zonas. Todas estas considerações são justas e legítimas e é importante tentar amenizar estas consequências mas, a verdade é que estas centrais hidroeléctricas produzirão dois mil gigawatts por hora (3% do consumo português). Trata-se de produzirmos aqui o que estamos a importar, e por conseguinte poupar.
É importante mudar a sociedade para um novo desígneo, para que se sinta um mais bem estar generalizado. Pequenos passos com paciência e perseverança. Deve-se escolher as grandes metas e arranjar modo de lá chegar. Devemos acompanhar a grande mudança que está a contecer no mundo, com mudanças dos paradigmas e das actitudes.
Se não fosse a corrupção Portugal hoje poderia ter um desenvolvimento idêntico ao da Finlândia… diz quem sabe melhor do que eu.
Existe em Portugal muito território que pode e deve ser aproveitado, ou porque se encontra mal usado ou ainda por usar. A relação entre capital e trabalho deve ser urgentemente remodelada. Precisamos de um país mais bem educado e mais senhor da sua razão. Um país que não se conforme com injustiças. Um país que saiba escolher prioridades e não viva de falsidades e falsas ostentações. Um país que seja uma grande Nação e que valha milhões. Os portugueses são um povo ímpar, e um grande marco na história dos descobrimentos, um registo enorme e muito importante na vida dos que se orgulham de ser portugueses. É pois urgente que exista uma sociedade em que possamos confiar mais uns nos outros…
O Futuro de Portugal passa pela aposta no renovável a todos os níveis; e, caso é para dizer - renovem-se portugueses -porque actualmente, as energias renováveis são a chave do futuro no mundo, e, é bem verdade que todos desejamos e gostamos de viver muito tempo mas nenhum de nós gosta de ser e de se sentir velho e acabado, até apetece citar também a célebre frase de Johann Goethe que disse: “nada mais repugnante do que a maioria, pois ela compôe-se de uns poucos antecessores enérgicos; velhacos que se acomodam;de fracos que se assimilam,e,da massa que vai atrás de rastros,sem de longe saber o que quer” (…) vale pois bem a reflexão… se é que somos ainda Nação.
ManuelaPinheiro - Novembro de 2009

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