
Durante boa parte de minha vida profissional lidei principalmente com homens. Fábricas de equipamentos, de automóveis. Um mundo onde a mulher era relegada a serviços gregários, de apoio e nunca de decisão real sobre o rumo ou o próprio dia-a-dia das empresas.
Em muitos outros campos a situação era - ou continua - pior, visto que sua presença na política e na religião ainda é assustadoramente minoritária, quando não inexistente, como se elas não tivessem capacidade de fazer política ou de exercer o sacerdócio... Vale aqui lembrar o sofrimento e o horror com que foram contempladas tantas mulheres sensíveis, devotadas, humildes e indefesas que detinham a verdadeira sabedoria milenar da cura, passada de geração em geração e que foram queimadas vivas como "bruxas", termo este que ainda soa pejorativo, pela "sagrada" ou maldita inquisição.
Com certeza - ouvindo a mulher - teríamos menos fanatismo descabido, menos guerras fratricidas, ninguém passaria mais fome. As mães, as esposas não permitiriam que seu filhos e maridos se tornassem vítimas das atrocidades que o mundo de hoje, dos "homens guerreiros" nos proporciona em permanência absurda. Não deixariam as armas falarem alto esmagando o direito à vida, ao respeito para com cada ser da Natureza.
Creio que as coisas estejam se transformando muito rapidamente e que esta mudança venha acontecendo pela própria iniciativa das mulheres que estão cada vez mais participativas, focadas e conseguindo se colocar de forma cada vez mais consciente, conquistando o espaço que lhes pertence por direito divino.
São "elas" que tão bem interagem, defendem causas importantes, nos realimentam, informam, direcionam e tudo isso sendo realizado de forma suave, serena, carinhosa e nos manifestando apoio incondicional e incentivo.
Pelo que consigo ainda acompanhar, mesmo que na maioria das empresas a discriminação continue e os salários reflitam ainda notável diferença com os dos homens, em função semelhante, aumenta o número de mulheres em posições de destaque em grandes empresas - que já não são poucas - onde a simplicidade, a ética, a compaixão, o comprometimento real e o total respeito para com o meio-ambiente representam objetivos e valores de base, compartilhados em todos os níveis.
Sei que quase tudo passa, desde o momento da fecundação, o primeiro sopro de ar ao vir ao mundo, por estas criaturas iluminadas e abençoadas, que tanta importância têm na vida de todos. Pessoas que, em breve, terão de se render a esta revolução silenciosa e sem vítimas que está acontecendo nas nossas residências, nos nossos locais de trabalho, nesta incessante luta pela verdade que tantas avós, mães e filhas estão realizando para transmutar esta realidade de desamor, disparidade, sofrimento e injustiça.
Espero poder ainda ver nesta vida homens e mulheres percebendo, aplicando, compartilhando entre si que a Lei do Amor é a única lei do Universo, que basta aprender a amar para ser amado e que mulheres e homens estão juntos na mesma desafiadora caminhada, na mesma incansável busca pela evolução, pela igualdade, pela Vida!
Um comentário:
Olá Manuela, tudo bem?
Olha eu ás vezes acho, que sim
mas ás vezes acho mesmo que não.
Mas no geral acho que sim mesmo.
Bjo
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